Prudential quer adicionar dois milhões de vidas no país em três anos

Meta na terceira maior operação da seguradora no mundo é para 2027 O Brasil já é o terceiro maior mercado para a Prudential – mas ainda está longe de esgotar seu potencial de crescimento na visão do grupo americano. “O país representa a maior oportunidade de crescimento da nossa área de seguros no mundo hoje”, afirma Caroline Feeney, chefe global de aposentadoria e seguros do grupo.
Feeney assumiu o cargo em março e está no Brasil nesta semana, em sua primeira visita institucional às operações de São Paulo e Rio. “A penetração de seguro de vida no Brasil é de apenas 18%. Isso mostra o quanto podemos crescer, não só com nossos corretores franqueados Life Planners, mas também por meio de canais de distribuição de terceiros”, diz a executiva.
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A chefe da operação local cita as vendas digitais como exemplo desse espaço para ganho de participação de mercado. “Somente com a estratégia digital, que começou três anos atrás, atingimos quase 500 mil pessoas”, diz a CEO da Prudential do Brasil, Patricia Freitas.
Embora o foco de expansão do grupo seja principalmente o crescimento orgânico, Feeney não descarta aquisições no país. “Somos disciplinados e consistentes ao olhar oportunidades que se alinhem com nossa estratégia de crescimento”, diz ela.
CEO da Prudential do Brasil, Patricia Freitas, e a chefe global de aposentadoria e seguros, Caroline Feeney
Divulgação
Cenários de incerteza tendem a ser favoráveis para a venda de seguro. Na pandemia, por exemplo, a Prudential conseguiu ganhar mercado. Por isso o contexto de volatilidade global, com receio de recessão e reajustes nas relações comerciais internacionais, não devem atrapalhar o ritmo de crescimento da companhia. Isso vale também para previdência.
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“Globalmente, 75% das pessoas estão preocupadas em não ter segurança econômica na aposentadoria. Estamos criando um centro de excelência para adaptar soluções a diferentes mercados e regulações”, diz Feeney.
Somente no ano passado, a Prudential pagou R$ 838 milhões em benefícios no país, dos R$ 4,2 bi desde que a empresa chegou aqui, em 1998. Atualmente, a seguradora de 150 anos com sede em Newark, Nova Jersey, tem 5,4 milhões de clientes brasileiros – tinha 5 milhões no fim de 2024 – e pretende chegar a sete milhões até 2027.
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