As ações da M. Dias Branco, dona das marcas de massas e biscoitos Adria, Vitarella e Piraquê, chegaram a subir mais de 14% nesta segunda-feira após a empresa reportar um resultado acima do esperado no segundo trimestre.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 216 milhões, alta de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionado pela melhora de margens e menor alíquota efetiva de imposto, que foi de cerca de 2% no primeiro semestre de 2025, contra 15% estimados pela XP.
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Segundo a XP, o Ebtida da companhia veio 29% acima da projeção da casa e foi impulsionado pela diluição das despesas em função de um aumento das vendas maior do que o previsto. O Ebitda ajustado somou R$ 341 milhões, crescimento de 9% na comparação anual, com margem de 12,5%, ou 1,8 ponto acima do estimado pelo BTG.
O BTG destacou que a margem foi favorecida por aumentos de preço de 15% ano a ano, incentivos fiscais e redução nas despesas com SG&A, especialmente com frete e vendas, diante do uso de frota própria de distribuição e aumento das vendas diretas.
M Dias Branco: aumento de preços compensou queda no volume de vendas
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“Após uma transformação significativa desde a aquisição da Piraquê em 2018, a M. Dias Branco parece estar trabalhando para recuperar as forças que marcaram seus tempos áureos”, destacou o banco em relatório.
O aumento de preços ajudou a compensar a queda de 10% no volume de vendas no segundo trimestre, que somaram R$ 2,7 bilhões, valor 5% acima do valor registrado no mesmo período do ano passado.
O banco revisou elevou o preço-alvo de R$ 25 para R$ 28, mas manteve recomendação neutra, destacando que ainda é preciso ver uma consistência na melhora do retorno sobre patrimônio (ROE) e na retomada do crescimento.
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A Genial Investimentos avalia que o balanço reforça que a M. Dias Branco segue na direção correta para recompor margens, apoiada por um cenário macroeconômico mais favorável, mas ainda insuficiente para caracterizar um ponto de inflexão definitivo.
Segundo a instituição, a sólida estrutura de capital e a consistente geração de caixa sustentam a resiliência da companhia, mas um mix de vendas de produtos mais rentáveis no segundo semestre de 2025 será determinante para uma reavaliação mais construtiva da tese.
O BB BI voltou a recomendar a compra dos papéis após o resultado, com preço-alvo de R$ 30.