A Sabesp disparou mais de 10% nesta terça-feira, depois de divulgar um balanço com ganhos de eficiência acima do projetado por analistas. No ano, a ação sobe 38% e, para quem entrou na oferta de desestatização, em julho do ano passado, a valorização acumulada é de 82%.
Quem está aproveitando são os investidores estrangeiros - que já eram maioria antes da privatização mas beberam ainda mais da fonte -, especialmente fundos globais dedicados à tese de água e esgoto, como o europeu Fidelity Internacional, a suíça Pictet, considerada a maior acionista do setor no mundo em diferentes companhias, e a americana AllianceBernstein.
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Excluindo os dois acionistas de referência - o Estado de São Paulo, com 18%, e a Equatorial, com 15% -, a participação dos brasileiros encolheu de 24% antes da desestatização para atuais 16% do free float da Sabesp.
O encolhimento dos brasileiros na base pode ser relacionado, entre outros fatores, à desidratação dos fundos locais de ações, após anos de resgates e migração para renda fixa. Já do fronte internacional, a desestatização viabilizou que fundos institucionais que tinham restrição a estatais montassem posição - outros, só aproveitaram para alocar mais, como o fundo soberano de Cingapura GIC.
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