No Vale do Silício, a corrida da inteligência artificial, que vem criando os unicórnios mais jovens da história, está elevando para outro patamar a fortuna dos fundadores das startups de IA que estão conseguindo concluir captações bilionárias ou M&As de cheques bilionários, informa reportagem da CNBC.
Trata-se de uma diferença e tanto em relação aos garotos de empresas tecnologia como Airbnb e Uber, que se tornavam bilionários somente após um IPO bem-sucedido em Nova York.
Há pelo menos 15 novos bilionários, com patrimônio total de US$ 38 bilhões, segundo ranking da Bloomberg com dados de março. Hoje, os números devem ser maiores, já que mais startups receberam injeções de capital bilionárias desde então, alavancando as fortunas de seus fundadores.
Fortuna do CEO da Nvidia alcança patamar de Warren Buffett
Riqueza repensada para um novo tempo
Os principais membros desse clube de bilionários da IA são Mira Murati e Ilya Sutskever, respectivamente a antiga CTO e o antigo cientista-chefe da OpenAI (junto com o CEO Sam Altman, é atribuído ao trio a criação do ChatGPT). Os dois deixaram a empresa no ano passado para fundar suas próprias startups: a Thinking Machines Lab e a Safe Superintelligence, avaliadas, nessa ordem, em US$ 12 bilhões e US$ 32 bilhões, alavancando o patrimônio dos fundadores.
Dario Amodei, da Anthropic (rival da OpenAI avaliada em US$ 61 bilhões), é tido como um dos novos multibilionários também, junto com os outros seis cofundadores da empresa. O empresário Aravind Srinivas, da Perplexity (rival do Google em buscas), também entrou no rol, após a empresa levantar US$ 18 bilhões em julho.
Alexandr Wang, fundador da Scale AI, foi contratado pela Meta, com patrimônio superior a US$ 3 bilhões
Bloomberg
Michael Intrator, fundador da CoreWeave (de nuvem para IA), também é o novo bilionário do ano, com patrimônio de US$ 10 bilhões. A empresa, que tem outros seis fundadores presumidos bilionários, fez um IPO em março tido como um dos sucessos do ano na bolsa, e é avaliada hoje em US$ 68 bilhões.
Recentemente, o grupo de bilionários da IA bateu outro recorde: criou os dois mais novos ricaços da história.
Sem surpresa, IA domina a fábrica de unicórnios
Demanda por IA empurra salários de CTO acima de CEO
Alexandr Wang, fundador da Scale AI (de treinamento de dados), entrou nos holofotes do Vale do Silício após investimento de US$ 14,3 bilhões da Meta, que também o contratou como cientista-chefe de IA. Com isso, o empresário, de 28 anos de idade, tornou-se o mais novo self-made bilionário da história, com patrimônio de cerca de US$ 3,6 bilhões.
Pouco depois, a Anysphere (dona do Cursor, de automação de código de programação) levantou uma rodada de US$ 20 bilhões, avaliando a startup em US$ 9,9 bilhões. Com a operação, o fundador Michael Truell, de 25 anos, é um provável bilionário — e o mais novo do mundo, portanto.
O revés que virou (muita) sorte na Figma
Desempenho de novatas de tecnologia nos EUA começa a animar banqueiros
Cofundadora da Scale AI, a empresária Lucy Guo (de 31 anos), que deixou empresa em 2018 para fundar um competidor do OnlyFans (o Passes), teve a fortuna avaliada em US$ 1 bilhão após a operação com a companhia de Mark Zuckerberg. Recentemente, ela comprou uma mansão em Los Angeles avaliada em US$ 30 milhões.
Desde 2023, a área de inteligência artificial tornou-se a favorita de investidores de venture capital, que estão injetando bilhões de dólares nessas empresas, cuja grande concentração está no Vale do Silício — atualmente, há mais bilionários em São Francisco do que em Nova York, segundo o levantamento da organização especializada em riqueza New World Health em parceria com o escritório Henley & Partners. Com isso, o número de novos unicórnios tem batido recorde, e com empresas cada vez mais jovens atingindo o valuation bilionário.