Ainda sem um acordo com o empresário Nelson Tanure, os bancos credores da Novonor, que têm as ações da Braskem em garantia, voltaram a discutir o desenho em que a gestora de private equity IG4 assume a posição na companhia e estão avançando, apurou o Pipeline.
Antes da oferta de Tanure pela Braskem, os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES já estavam em negociações com a IG4 para transferência das ações da petroquímica, o que envolveria uma troca da administração em acordo com a Petrobras, que tem 47% da empresa.
Negociação da Braskem com Unipar esbarra em bancos credores
A decisão dos bancos sobre a Braskem, razão da pressa de Tanure
A ideia do grupo de credores e gestora é apresentar uma proposta à Novonor quando terminar o prazo de exclusividade da negociação com Tanure, que expira em 21 de setembro. A IG4 é uma casa com experiência em turnaround de empresas e já fez esse tipo de alinhamento com bancos, como na Iguá Saneamento.
O objetivo dos bancos com a gestora é melhorar a governança da Braskem para aumentar a recuperação do crédito.
Braskem vale em bolsa quase um terço do que Novonor deve aos bancos
Divulgação
Hoje, a dívida dos bancos com ações da Braskem em garantia soma R$ 18 bilhões, quase três vezes o que a empresa vale na bolsa, que é cerca de R$ 6,86 bilhões.
Um dos caminhos, além da reestruturação dos passivos financeiros e ambientais, é levar a companhia para o Novo Mercado. A venda de ativos poderia, eventualmente, estar contemplada, mas não há conversa dos credores hoje com a Unipar, que apareceu como interessada em plantas nos Estados Unidos.
Procurada, a IG4 não comentou o assunto. A Novonor não retornou até o momento da publicação.
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