Marca ganhou espaço em corridas de rua no país - foto: Reprodução/Site Olympikus

Há uma queridinha do esporte no mercado de capitais. A Vulcabras, que fabrica produtos das marcas Olympikus, Mizuno e Under Armour, fez uma visita guiada com analistas que cobrem a ação em seu centro de pesquisa e desenvolvimento em Parobé, no Rio Grande do Sul, onde fica a maior da América Latina. Os analistas de casas como BTG Pactual, Santander e Itaú BBA voltaram ainda mais convictos da indicação de compra do papel – mesmo a ação acumulando alta de 32% em um ano e 296% no acumulado de cinco anos.

Na linha de chegada entre concorrentes globais, está a Olympikus, que passou a dominar as corridas de rua no país. A linha Corre aumentou market share nas maratonas internacionais em São Paulo e Porto Alegre de 3% há cinco para mais de 30% neste ano. “A Olympikus é a medalhista de ouro entre as marcas nacionais de esportes”, define o BTG. A marca está em 18 mil pontos de venda, seguida de Mizuno, que chega a oito mil, e Under Armour, em quatro mil.

A primeira é de propriedade da Vulcabras, enquanto as outras duas são licenciadas – mas, globalmente, têm aproveitado produtos desenvolvidos no Brasil. Na Under Armour, que tem apelo em vestuário, a companhia aposta em peças para uso diário, que também serve à academia. Já na Mizuno, o foco segue em itens com maior tecnologia, para alta performance.

A empresa, que já tinha apontado impacto na produtividade por excesso de faltas de funcionários nas fábricas, aumentou as contratações e investiu em mais maquinário – o que deve aumentar custo primeiro, mas depois se refletir na produtividade e rentabilidade.

O que os analistas mais gostam é que a Vulcabras tem um nível de monitoramento na clientela B2B que permite acompanhar os modelos, tamanhos e cores que têm sucesso ou fracasso nas vendas, para customizar o fornecimento com a loja. Além disso, Centauro, World Tennis e Netshoes respondem por cerca de 20% da receita da Vulcabras, uma dependência menor das grandes redes do que outras marcas líderes no segmento, que chegam a 40%, aponta o Santander.