Fabio Campos Mello, sócio-administrador do CMA, agora com 33 sócios e 104 advogados - foto: Divulgação

O Campos Mello Advogados (CMA) está incorporando o escritório Schmidt Valois Miranda Ferreira & Agel, em sua primeira transação do tipo – um movimento pouco comum na advocacia, segmento em que as tratativas se dão mais por grupos ou talentos individuais do que firmas inteiras.

A conversa começou há seis meses, com o veterano do óleo e gás Paulo Valois Pires, e resultou numa transação em que o CMA vai absorver os cinco sócios, 12 associados e seis estagiários do Schmidt Valois. O CMA passa a somar 33 sócios e 104 advogados.

“Conheci o Paulo em 1996, quando ele era sócio do Ulhôa Canto e na época chefe da minha irmã. Ele estava trabalhando no estudo da privatização da Cedae e já era um craque”, conta Fabio Campos Mello, o sócio gestor do CMA. “Não existia ainda essa especialização nos escritórios em áreas como ambiental e commodities, e o Paulo foi o primeiro a fazer isso. Montou o escritório dele e virou referência em recursos naturais.”

Valois Pires começou a carreira como advogado da Shell no Brasil e hoje representa clientes nacionais e internacionais da indústria petrolífera, além de atuação em projetos de energia renovável.

O CMA vinha buscando advogados para incrementar essa área, que segue relevante na economia do Rio de Janeiro, por exemplo, e que tem forte conexão com mercado internacional – tanto na área comercial quanto societária. Essa perna no exterior é um dos fortes do CMA, o que faz os novos sócios vislumbrarem um incremento na atuação conjunta.

A incorporação deve se refletir num aumento de 15% a 20% da receita do CMA já no primeiro ano, buscando algo em torno de 30% no segundo ano, com atendimento dos clientes do Schmidt Valois em outras áreas do direito que a banca já tem e incremento de operações em commodities.

O escritório está fechando a contratação de uma consultoria estratégica para ajudar no processo de integração de culturas. “Há um mix interessante de idades. O Schmidt Valois tem uma faixa etária média mais alta que a nossa, o que traz senioridade e se une à turma mais nova com sangue nos olhos”, diz Campos Mello. “Queremos o melhor da cultura de cada escritório”.